31 de jul. de 2008

À procura do bruxo encantado -- postículo 4 e 1/2 (ainda)

Antes que a bruxa Creuza decidisse o que fazer naquela situação confusa, o brujo Afonsito começou a tossir, e tossir pra valer. Pudera! No meio de todo o fumacê que aquela aparição teatral tinha provocado... Até a Araci estava se abanando!

Depois de um último e sonoro pigarro, o primo Afonsito olhou na direção da Creuza, abriu os braços e, passando por cima da Soledad, que continuava desmaiada, cumprimentou a bruxa efusivamente:
- Prima Creuzita! Mil desculpas por aparecer de repente e sem avisar!

Verdade seja dita: essa parte espanhola da família da bruxa Creuza era mesmo bem temperamental, mas isso valia pra dia de chuva e dia de sol. Do mesmo jeito que eles eram birrentos e briguentos, eram carinhosos, festeiros e muito animados. Numa palavra: calientes!

Ai, ai, ai
Que olé!


Ao se aproximar, o brujo logo emendou:
-... É que... Buenas... Quando madre Dolores contou que minha preciosa tinha viajado para... para...para conhecer um novo pretendente...
- ?
- ... Um amigo seu, não é isso?...
- ??
- ... Buenas, fiquei desesperado! E como sou assim, como dizer... um pouquito impulsivo, talvez... Buenas, cá estou!
- ???


AI.

Aguardem o quinto e talvez último postículo da mininovela!
(Silvana Tavano)

-

21 de jul. de 2008

Parafuso horário

Duas semanas de férias e muitas horas de avião depois, cá estou de volta, com umas idéias e muita saudade -- do blog, dos amigos, de casa e da minha gata. Prometo colocar a bicicleta em movimento assim que o tic do relógio estiver conversando com o tac da minha cabeça. Até já!
(Silvana Tavano)

5 de jul. de 2008

Férias, oba!


E não parece que a tirinha do Laerte foi feita sob encomenda pra ilustrar as férias do blog? Volto na última semana de julho. Até lá!
(Silvana Tavano)

3 de jul. de 2008

Ai, que medo!

Minha gata --Miúda Felina-- só sai de casa muito de vez em quando pra ir ao pet-shop tomar banho, e sempre dentro da sua casinha. Mas vira e mexe a bichana me segue e acaba entrando no elevador comigo. Ela sabe o que vai acontecer e acho que se arrepende no mesmo instante em que a porta fecha. É sempre igual: quando começamos a descer, a pobrezinha me olha aflita, pula no colo, mia desesperada dizendo que quer sair correndo daquele espaço apertado e desconhecido. O elevador balança e Miúda treme no meu colo, com os fios do bigodão espetados e o coraçãozinho batendo tum-tum-tum, tadinha, nem parece aquela felina metida que desliza feito rainha por todos os cantos do apartamento. Piora quando chegamos ao subsolo e abro a porta do elevador. Atônita, ela olha em volta e gruda, cravando as patas na minha roupa.
A viagem de elevador não é uma experiência fácil pra Miúda. Do ponto de vista dela, imagino que seja algo parecido com entrar numa nave espacial e chegar misteriosamente ao escuro planeta-garagem. Como é que a mesma porta se abre e lá fora tudo está diferente? Não é pra menos que a gatinha fica desentendida...
Pra mim, o avião é uma espécie de elevador gigante. Depois de embarcar, controlo todos os meus instintos pra não sair correndo quando pressinto que a porta vai fechar. E assim que a nave começa a se mover na pista, se preparando pra subir e, inexplicavelmente, voar, fecho os olhos e revivo a agonia da minha gata --minutos intermináveis de pura aflição (que, dependendo das condições do vôo, podem se transformar em horas de pânico). Quando a aeromoça me olha, compadecida (devo ficar num estado lastimável, porque isso sempre acontece) bom, nessa hora sempre tenho vontade de gritar: SEI QUE AVIÕES SÃO SEGUROS E QUE A SENHORA PASSA A VIDA SUBINDO E DESCENDO, MAS EU ESTOU A-PA-VO-RA-DA E QUERO VOLTAR PRA MINHA CASA! SOCORRO.
Viajar de avião definitivamente não é uma experiência fácil pra mim. Como a minha gata, já sei o que vai acontecer e, a cada decolagem, juro que será a última vez. Só que, diferente dela, quando o avião pousa e a porta abre fico eufórica. Desço aquela escadinha quase saltitando de alegria, louca pra ver as novidades. Assim que piso em terra firme, esqueço de todo sofrimento, nem lembro do medo que senti.
E é por isso que, apesar de tudo, lá vou eu, de novo.
(Silvana Tavano)

2 de jul. de 2008

Flip virtual

Boa notícia pra quem não vai pra Paraty: a partir de hoje, o blog da FLIP publica textos, fotos e vídeos da festa.
(ST)

1 de jul. de 2008

Muito pelo contrário

Parar pra pensar
Pensar sem parar
Dizer tudo sem falar nada
Chorar de alegria
Sonhar acordada
Correr pra poder tirar férias
...
e não é que no avesso do avesso
tem a mesma idéia do começo?

(Silvana Tavano)