21 de jan. de 2015

escrever

 "quando você está escrevendo bem, é como se alguém estivesse ditando".

(do escritor português Antonio Lobo Antunes, na Flip, em 2009)

15 de jan. de 2015

chegou!


Feliz por fazer parte desta coletânea organizada pelo Nelson de Oliveira, ao lado de uma turma estreladíssima de escritores: Adriano Messias, Carla Caruso, Claudio Fragata, Cristina Porto, Flávia Côrtes, João Anzanello Carrascoza, Leo Cunha, Luís Dill, Luiz Bras, Maria José Silveira, Marília Pirillo, Sônia Barros, Tânia Martinelli e Tino Freitas. Com um projeto gráfico caprichado de Raquel Matsushita, que também assina as ilustras, o livro ficou... Como dizer? Supimpa!E aqui, um trechinho do meu conto, "Dani vai dançar".

13 de jan. de 2015

mar

no sonho líquido
mergulho nas ondas
desmancho na espuma
sal bolhas bruma
boca e olhos de areia
sons de sereias

11 de jan. de 2015

verão

O frescor da manhã dura pouco. O dia acorda quente e agitado, sem tempo pra descansar na sombra ou pra se refrescar de brisa: não há nuances sob o sol de verão, e talvez por isso seja tão difícil escrever. É como se a vida acontecesse apenas lá fora, elétrica e radiante, alegria de cigarras, insetos e pessoas em atividade frenética chamando pra festa: vem! No calor das horas, tudo se expõe sem pudor, ruas, árvores, corpos e humores adquirem contornos exatos ao meio-dia. Mas as palavras se dissolvem, enfraquecidas, preguiçosas, dispersivas, à espera de nuvens que tragam alguma calma e, com sorte, concentração e sua promessa de histórias e tempestade.

9 de jan. de 2015

preocupação

É como uma nuvem que estaciona em cima da gente e encobre o pensamento em sombras, anunciando uma tempestade que nem sempre acontece.

3 de jan. de 2015

de novo no ano novo

Começo 2015 voltando ao meu primeiro livro: “O Mistério da Gaveta” vai mudar sem sair da casa onde mora há dez anos. Junto com o novo projeto gráfico, com direito a capa dura, e novas ilustrações, veio a chance de rever o texto escrito em 2003. Nos próximos dias, vou me reencontrar com vó Delma, a personagem que não se conforma por ter sido abandonada pelo autor, dentro de uma gaveta, com um misto de medo e alegria, como quem vai receber alguém querido que estava distante há muito tempo. Vamos colocar o papo em dia, mas torço pra que o nosso assunto não tenha perdido o frescor e eu consiga percorrer as suas aventuras sem a alterar a trilha dessa fábula sobre a criatividade.
A segunda novidade também é uma volta, igualmente acompanhada de muitas expectativas: daqui a um mês, sou aluna de novo, no curso de pós-graduação de formação de escritores. Mas com tantos livros publicados, como assim? Pra quem tem me perguntado a resposta é simples: tem a ver com voltar a mim mesma e talvez descobrir outros jeitos de me escrever nos muitos novos livros que estão por vir.