17 de fev. de 2015

carnaval

O enredo era simples: a turma se reunia no pátio do prédio pro ensaio geral, formava duplas ou trios e depois, todos juntos, atravessávamos a avenida da praia de José Menino, em Santos, devidamente equipados com bisnagas coloridas, sacos de confete, muitos rolos de serpentina e um bom estoque de martelinhos de plástico. Organizados em alas, os grupos se posicionavam em pontos estratégicos ao longo da calçada, a postos pra dar banho de água e alegria em quem passasse. Os que não entravam no espírito da folia, levavam martelada e tinham que sair correndo debaixo de vaia. A certa altura, mães e pais começavam a aparecer, chamando pra jantar e, mais ou menos contrariados, íamos todos pra casa, com a promessa de um novo encontro logo cedo, na praia. Lembro de adormecer ouvindo os ruídos que seguiam chacoalhando a cidade noite adentro, com o carnaval grudado no meu corpo em forma de confete.

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